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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

LOLITA (1962)


Humbert (James Mason), erudito professor universitário britânico vai trabalhar nos Estados Unidos e lá fica tão obcecado por uma ninfeta de 14 anos que casa sua mãe, para estar próximo dela. Porém, quando a esposa morre atropelada ele acredita ser o momento adequado para seduzir a enteada, mas algo acontece que pode prejudicar seus planos.


Adaptação do polêmico romance de Vladmir Nabokov. A partir de um roteiro do próprio Nabokov, o diretor Stanley Kubrick elevou ligeiramente a idade de Dolores "Lolita" Haze (Sue Lyon) dos 12anos do livro para alguma coisa em torno de 14 na tela. Dentro dos limites da censura, teve êxito em manter-se fiel ao original e ser tão erótico, absurdo, obsessivo, erudito e folhetinesco como o livro.


Filmado na Inglaterra, falta à Lolita de Kubrick um toque de road movie que explorasse a América dos móteis bregas e das atrações de beira de estrada. Seu forte são os personagens, com destaque para James Mason no papel do acadêmico quarentão, cobiçado pela mãe de Lolita (Shelley Winters), uma dona vestida com estampas de oncinha, da mesma forma ridícula com que ele perde a cabeça pela sedutora menor de idade.


Mason esbanja astúcia, cuidado e presença na tela e é acompanhado à altura por Peter Sellers, no papel de Clare Quilty, rival pedófilo de Humbert, que se desdobra em uma série de disfarces, como uma espécie de Satanás capaz de mudar de forma, sempre acompanhado por Marianne Stone no papel de Vivian Darkbloom, sua musa silenciosa que é a cara de Morticia Adams.



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