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domingo, 26 de agosto de 2012

REPULSA AO SEXO (1965) - REPULSION


Apesar de linda, a manicure Carol Ledoux (Catherine Deneuve) tem problemas sérios para se relacionar com os homens. Sozinha em casa após viagem de duas semanas da irmã, ela vai enlouquecendo.


O primeiro filme do diretor Roman Polanski em inglês permanece como sua obra mais assustadora e desconcertante não apenas pela evocação do pânico sexual, mas também pelo emprego magistral do som para fazer com que a imaginação da platéia siga em diferentes direções.


Também é o mais expressionista de seus longas em preto-e-branco do início de carreira, utilizando grandes angulares que dão uma visão cada vez mais ampla e profundidade focal, além de outras estratégias visuais, tudo para criar estados subjetivos da mente em que sonhos, imaginação e a realidade cotidiana se misturam. Um dos resultados de tal estilo expressionista é o fato de que o apartamento convencional onde se passa a maior parte da ação aos poucos assume o jeito e a forma de uma consciência torturada.


Como pesadelo subjetivo, Repulsa ao sexo é uma atordoante demonstração de eficiência cinematográfica. Montado com sustos bem temperados e um sentido de horror que se desenvolve gradualmente, esse thriller se tornou uma espécie de matriz para as subsequentes incursões de Polanski no gênero.

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