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terça-feira, 28 de agosto de 2012

LUZES DA CIDADE (1931) - CITY LIGHTS


A paixão de um vagabundo por uma pobre florista cega, que acredita que ele é um milionário, o motiva a tentar conseguir o dinheiro necessário da cirurgia para restaurar sua visão.


Se somente um dos filmes de Chaplin pudesse ser preservado, o que mais se aproximaria de representar todas as suas facetas de gênio seria Luzes da cidade. Ele inclui o bastão do palhaço, o patético, a pantomima, a hábil coordenação motora, o melodrama, a maldade, a graça,e , logicamente, o Adorável vagabundo - um personagem que certa vez foi reconhecido como a mais famosa imagem sobre a terra.


Quando o realizou, três anos após o início da nova era do som, Chaplin estava consciente de que Luzes da cidade seria seu último filme mudo; chegou a considerar a alternativa de realizá-lo falado, mas se decidiu contra e, muito embora tenha uma completa partitura musical e efeitos sonoros, o filme não tem qualquer diálogo. Cinco anos depois quando fez Tempos modernos, Chaplin permitiu diálogos, mas mesmo assim, o Vagabundo permaneceu em silêncio, exceto por alguma zombaria.


Há uma lógica perfeita nisso. Falar não era a forma de expressão do Vagabundo. Na maioria dos filmes mudos, há uma ilusão de que os personagens conversam, mesmo que não possamos ouvi-los; Os personagens de Buster Keaton, por exemplo, são claramente comunicativos. Mas o Vagabundo é um mímico até o fundo da sua alma, alguém para quem a expressão corporal é a forma que encontrou para falar.

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