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sábado, 17 de março de 2012

FELLINI OITO E MEIO ( 1963 ) - OTTO E MEZZO


Diretor de cinema bem-sucedido se vê a beira de um colapso nervoso enquanto prepara mais um filme: é obrigado a discutir suas implicações ideológicas com representantes da Igreja Católica, enfrenta problemas de produção com os financiadores e ainda tenta se equilibrar entre a mulher e a amante.


Depois de oito longas, Fellini já havia recebido todo o reconhecimento possível como diretor. Reconheceu a influência dos mestres ( Rosselini, Visconti, De Sica, etc. ) e encontrou seu próprio caminho. Entretanto, apesar de estar com apenas 43 anos, parecia que tinha obtido tudo o que era possível com seu trabalho. 8 1/2 surge como uma ponte entre o período de realização artística precoce e uma nova aventura. Uma aventura que possivelmente é o segmento mais criativo e original de sua obra.


O filme representa um importante avanço na caminhada do cinema em direção à modernidade e apresenta um das mais inventivas reflexões sobre o ato criativo em si. O processo mental, material, psicológico e libidinoso é encenado à moda de Pirandello, de forma extravagante, que deve ser apreciado por qualquer pessoa que se interesse sobre os mecanismos artísticos e os labirintos da mente.


No fundo de todas as boas razões para considerar 8 1/2 um tesouro existe uma que é a principal e é também a mais modesta de todas. A história sobre a angústia de um diretor que precisa filmar, sobre um artista que precisa trabalhar, sobre um homem que tem que lidar com as mulheres, sobre um ser humano que precisa enfrentar a vida e a morte é essencialmente tocante.  



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