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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O BARCO - INFERNO NO MAR ( 1981 ) - DAS BOOT


O drama O barco - inferno em alto-mar, filmado em 1981 pelo diretor Wolfgang Petersen e cuja ação se passa na Segunda Guerra Mundial, foi indicado a seis prêmios Oscar, uma "missão impossível" para qualquer filme estrangeiro. Capturando com detalhes autenticamente claustrofóbicos o visual e, mais incrivelmente, os sons da guerra submarina, o filme deixa de lado questões de nacionalismo para focar sobre tensão de comandar um submarino em meio à guerra.


A ação transcorre em sua maior parte no fedorento, úmido e claustrofóbico submarino U-96. O tenente-capitão Henrich Lehmann-Willenbrock, um submarinista veterano com 30 anos de idade, está no comando. O ator principal de olhos azuis, Jürgen Prochnow, até então desconhecido fora da Alemanha, tempera a esperada liderança com mãos de ferro de um capitão da marinha com uma humanidade sutil e verossímil. Embora faça aquilo que é esperado - deixando os marinheiros inimigos se afogar em vez de recolher os prisioneiros ou gritando com seus homens para obter relatórios claros mesmo quando o seu submarino mergulha bem abaixo de seu limite, enquanto rebites estouram como tiros - não é um homem sem coração. A verdade emocional dos eventos cruéis está entre as linhas de suas entradas de diário.


Prochnow, que depois trabalhou em Hollywood em filmes como A fortaleza Infernal, O paciente inglês e outros, personifica tão bem o capitão que é impensável imaginar qur tanto Robert Redford como Paul Newman eram candidatos a este papel vital quando o filme ainda era uma produção alemã/americana. No excelente elenco de apoio, Herbert Grönemeyer, hoje um músico de rock alemão conhecido, interpreta o tenente Werner, um personagem baseado em Lothar-Gunther Bucchein, o correspondente de guerra cujas memórias, publicadas em 1973 e que se tornaram um best-seller, serviram como base para o roteiro de O barco .


A maior parte do realismo angustiante do filme se deve a três U-boats em escala construídos para a produção. Gastando boa parte do orçamento de 14 milhões de dólares do filme, foram depois usados em Caçadores da arca perdida. Uma experiência tanto sonora quanto visual, o filme foi inteiro filmado sem som. Devido à acústica, era impossível gravar ao vivo no interior dos submarinos.


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