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sábado, 25 de fevereiro de 2012

CAÇADORES DA ARCA PERDIDA ( 1981 ) - RIDERS OF THE LOST ARK



Os caçadores da arca perdida, de Steven Spielberg, vale por uma antologia dos melhores episódios de todos os seriados de sábado à tarde já produzidos. a história se passa na América do Sul, na Grécia, em alto-mar, no Egito e em uma base submarina. Envolve caminhões, tanques, motocicletas, navios, submarinos, clíperes da PanAm e uma asa voadora nazista. Também incluí serpentes, aranhas, armadilhas e explosivos. O herói é encurralado em um ninho de cobras e a heroína se vê atacada por múmias. As armas vão desde revólveres e metralhadoras até sabres e chicotes. E ainda há o sobrenatural, como quando a Arca da Aliança um fogo celestial cujos raios atravessam os corpos dos nazistas.


Caçadores funciona em vários níveis, não só graças a atuação soberba de Harrison Ford e ao talento de Spielberg, mas também porque Lawrence Kasdan ( trabalhando sobre um rascunho de George Lucas ) escreveu um roteiro que é mais do que uma simples aventura à moda antiga. Seu herói é um homem complicado e longe de ser perfeito que transita na tênue fronteira entre roubar objetos valiosos e protegê-los. Os vilões - em particular o arqueólogo rival de Indy, Belloq ( Paul Freeman ) - não são muito diferentes do herói, exceto por sua motivação ( ganância ao invés de preservação histórica ). A heroína, Marion ( Karen Allen ), também não é a típica donzela em perigo, mas uma mulher forte que ( quase sempre ) sabe se virar sozinha e não precisa de herói algum.


Embora hoje seja impossível desassociar a imagem de Ford do papel de Indiana Jones, a correção da escolha de seu nome não foi tão óbvia assim em 1980, quando o filme estava em preparo.Ford estrelara Guerra nas Estrelas e O império contra-ataca, no papel de Han Solo, um lacônico homem de ação, mas seus outros créditos eram uma grande mistura. O que ele provou na série Guerra nas Estrelas, e provaria repetidas vezes, foi sua capacidade de representar o centro forte e robusto de qualquer ação absurda. Em uma cena em que tudo acontece ao mesmo tempo, ele sabe que nada de desnecessário precisa estar acontecendo em seu rosto, em sua voz oua seu personagem. Ele é o sustentáculo, não a alavanca.


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